Recém-casados e Planos de Saúde

Que os planos de saúde são indispensáveis em função da má qualidade dos serviços públicos é indiscutível. O que muitos não sabem é o que se deve fazer para ter mais vantagens e evitar prejuízos na hora de juntar os contratos individuais, casando também o seu contrato e o do seu parceiro ou parceira.

Se vocês participam de contratos empresariais, é óbvio que os dois preferirão ficar naquele que tem um melhor padrão, ou um custo menor caso sejam equivalentes. Neste caso verifique principalmente as condições de adesão. Após o casamento geralmente você terá até 30 dias para entrar no plano do seu cônjuge sem a imposição de carências, mas procure o quanto antes o RH da empresa para evitar perda do prazo.

Verifique também se, apesar de ser um plano empresarial, não há carência de qualquer forma, pois isto pode acontecer em contratos com menos de 30 associados, por exemplo.  E o que é pior: a carência para partos pode ser de até 300 dias, o que às vezes pode ser um desastre. E não adianta dizer que não está pensando nisto agora, pois estas coisas acontecem.

No seu plano ou no meu

Se o casal tem planos individuais, por serem profissionais liberais ou mesmo microempresários, deve avaliar se é interessante transformar um deles em “familiar”, ou mesmo partir para um terceiro plano que já comece como familiar e garanta condições mais adequadas de qualidade e preço.

E a maioria das operadoras de planos aproveita as carências de outros planos (menos para parto, sou obrigado a alertar novamente).

E se houver a possibilidade de contratar um plano empresarial – que estão disponíveis a partir de 2 associados, com 1 titular - pode ser uma ótima opção.

O leão e o sonho

Entretanto cuidado com os planos familiares se vocês fazem declaração de imposto de renda em separado. Um plano familiar só pode ser declarado pelo titular, e só a parte dele pode ser deduzida, caso não tenha dependentes no IRPF.

Só pode ser deduzido o total pago no plano se o cônjuge que estiver no plano de saúde como dependente for também dependente na declaração, e isto é cada vez mais observado pela Receita.

Em resumo, normalmente vale à pena manter o casal num plano só, se particular, e mesmo que você tenha um só seu, entre como dependente do seu cônjuge caso ele(a) esteja num plano empresarial e sua participação não tenha custo ou este seja muito insignificante. Afinal, por mais que tenhamos confiança no nosso futuro profissional, ficar dependendo só do plano de sua empresa pode deixar qualquer um em situação complicada em caso de um desemprego eventual.


Artigo originalmente escrito para o site www.casamentoetudomais.com.br